Vacina tetravalente contra a gripe do Butantan terá verbas do BNDES
O Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberou R$ 45,4 milhões
para que o Instituto Butantan, em São Paulo, realize os ensaios clínicos
necessários ao desenvolvimento de uma vacina tetravalente de influenza, o vírus
causador da gripe. A expectativa é que os resultados dos testes da nova vacina
sejam submetidos à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em
dezembro de 2024, com previsão de emissão do registro do imunizante no segundo
semestre de 2025.
O presidente do
BNDES, Aloizio Mercadante, disse que o apoio do banco possibilita o adensamento
da pesquisa e inovação para o desenvolvimento do Complexo Econômico Industrial
da Saúde, parte importante da Nova Política Industrial do governo Lula.
“O acesso a vacinas é
um direito do povo brasileiro, assegurado pelo SUS [Sistema Único de Saúde] por
meio do Programa Nacional de Imunização. Ao aumentar a efetividade da vacina
contra a gripe utilizada nas campanhas do Ministério da Saúde, o projeto
contribui para a melhoria do nosso sistema de saúde, por meio da queda dos
números de hospitalizações, complicações e mortes causadas pela doença”,
afirmou.
EFICÁCIA
A atual vacina contra
a gripe produzida pelo Butantan protege contra os três tipos de vírus influenza
mais prevalentes e sua composição é atualizada anualmente, devido à alta taxa
de mutação do vírus. A nova vacina tetravalente ampliará a eficácia do imunizante,
além de facilitar a incorporação de outras linhagens do vírus que futuramente
passem a ser relevantes.
Serão realizados dois
ensaios clínicos. Um deles englobará participantes acima de 3 anos de idade e o
outro em crianças de 6 a 35 meses. Os estudos clínicos são gerenciados pelo
Butantan e conduzidos por mais de vinte centros de pesquisa distribuídos pelas
regiões Sudeste, Sul e Nordeste do Brasil.
“A autorização deste
recurso do BNDES chega em momento oportuno, mostrando o comprometimento do
banco em contribuir para que o Brasil possa fortalecer sua autonomia no setor
de imunobiológicos”, diz o diretor executivo da Fundação Butantan, Saulo Nacif.
Fonte: Agência Brasil
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