Acidentes de trânsito geraram custo de R$ 36 milhões ao SUS entre 2022 e 2023
AEN – Além
de impactar a vida de milhares de famílias, os sinistros de trânsito são um
desafio para a saúde pública. Nos últimos dois anos, de acordo com a
Secretaria de Estado da Saúde, 6.060 jovens de 20 a 29 anos foram internados
por lesões de trânsito em hospitais públicos ou que atendem pelo Sistema Único
de Saúde (SUS) e 1.119 morreram em decorrência de acidentes no Paraná. As
internações hospitalares dessa faixa etária custaram aproximadamente R$ 10,2
milhões no período (2022 e 2023). Os dados de 2023 ainda são preliminares,
assim como os de 2024, com 104 jovens já internados. O levantamento se estende
ainda às outras faixas etárias. De acordo com o Sistema de Informação
Hospitalares (SIH), em 2022 foram registrados 10.527 internamentos e, em 2023,
10.591. Esses números são referentes a toda a população, desde os
recém-nascidos até as pessoas acima dos 60 anos. Homens se acidentam muito mais
que mulheres: em 2023 foram 7,9 mil homens e 2,5 mil mulheres. O investimento
nesses dois anos chegou a R$ 36 milhões, o que daria pra financiar, por
exemplo, três novos Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs). Entre 2022 e
2023 foram 34 internamentos de bebês com menos de um ano, 155 de crianças de 1
a 4 anos e 363 de crianças de 5 a 9 anos. Entre adultos, foram 3.994 internamentos
por lesões de trânsito entre 30 e 39 anos e 3.295 entre 40 e 49 anos. Foram,
ainda, 2.218 internamentos de idosos com mais de 60 anos. Os acidentes com
motocicletas foram as principais causas dos internamentos e óbitos. Foram
60.044 de 2010 até 2023, com piora nos dados no decorrer dos anos, sendo o
recorde justamente em 2023, com 5.927. Os ocupantes de veículos sofreram 18.330
acidentes com internação desde 2010. Nesse caso, no entanto, há uma
tendência de diminuição. Em 2010 foram 1.602 e em 2023, 1.326. Foram,
ainda, 18.521 acidentes com pedestres e 9.351 com ciclistas no mesmo período.
Em relação aos óbitos, apenas em 2022 foram 485 pedestres, 148 ciclistas, 785
motociclistas, 947 ocupantes de automóveis e caminhonetes e 113 motoristas ou
passageiros de veículos pesados. Mesmo com os números altos, há tendência
de queda desde 2012, quando houve um pico de 3.624 óbitos. O número reduziu
para 3.148 em 2013, 3.045 em 2014, 2.722 em 2015, 2.547 em 2017 e 2.427 em
2019. Logo em seguida as mortes voltaram a subir e chegaram a 2.721 em 2022.
Segundo o secretário da Saúde, Beto Preto, os dados ajudam a desenhar um
panorama do impacto da violência do trânsito no Sistema Único de Saúde, que
abrange custos assistenciais, sobrecarga de serviços em momentos específicos e
mortalidade prematura. Além do aspecto financeiro, os sinistros de
trânsito podem gerar incapacidades, impactando na qualidade de vida das pessoas
envolvidas. “Os dados das internações no SUS por lesões de trânsito são muito
preocupantes, mas ainda não são um ponto final, porque os acidentes resultam em
inúmeros outros problemas. Infelizmente os jovens são as principais vítimas. A
vigilância e a educação devem ser permanentes”, disse o secretário. “Estamos a
uma semana do Maio Amarelo, mês de conscientização para a redução de acidentes.
A prevenção e alerta ainda são o melhor caminho para se evitar essas
estatísticas”. “O Detran-PR está atualmente concentrando seus esforços de
educação no trânsito nos motociclistas, que representam os principais envolvidos
em sinistros e são especialmente vulneráveis. Nosso foco é na educação e
conscientização dos agentes que compõe o trânsito”, complementou o
diretor-presidente do órgão, Adriano Furtado. PREVENÇÃO – O
Detran-PR e outros órgãos do Estado, com apoio da Sesa, trabalham dentro
das premissas da Promoção da Saúde e Prevenção das Violências e Acidentes no
Paraná, baseando-se na perspectiva da Cultura de Paz, que engloba a garantia de
direitos, estratégias de não violência, promoção da saúde e respeito à vida e
ao meio ambiente. No sentido da prevenção, para 2024 o Conselho Nacional de
Trânsito estabeleceu como tema para as campanhas educativas de trânsito a
mensagem “Paz no trânsito começa por você”. O Projeto Nacional Vida no
Trânsito (PVT), coordenado pelo Ministério da Saúde juntamente com a
Organização Pan-Americana de Saúde e apoiado por parceiros nacionais e
internacionais, é outra iniciativa voltada para a vigilância e prevenção de
lesões e mortes no trânsito e promoção da saúde, em resposta aos desafios da
Organização das Nações Unidas (ONU). A coordenação da Comissão Estadual é
compartilhada entre a Sesa e o Detran-PR. Catorze municípios aderiram e
executam o PVT: Araucária, Campo Mourão, Cascavel, Curitiba, Foz do Iguaçu,
Francisco Beltrão, Londrina, Maringá, Paranaguá, Paranavaí, Ponta Grossa, São
José dos Pinhais, Toledo e Umuarama. Eles precisam montar comissões
intersetoriais e nomear um grupo de trabalho de gestão e integração de dados, o
que ajuda a mapear o cenário local. Segundo a coordenadora de Promoção da Saúde
da Sesa, Elaine Cristina Vieira de Oliveira, o Paraná trabalha para a redução
da morbimortalidade por violências e acidentes, tendo metas pactuadas no Plano
Estadual de Ações Estratégicas para Enfrentamento de Doenças Crônicas e Agravos
Não Transmissíveis 2023 – 2030 do Paraná (Plano de Dant). “Trabalhamos a fim de
reduzir em 50% a taxa de mortalidade por lesões de trânsito no Paraná até 2030,
prevendo várias ações no âmbito do Paraná”, afirmou. 24 de abril de 2024 Foto:
Albari Rosa /Arquivo AEN AEN – Além de impactar a vida de milhares de famílias,
os sinistros de trânsito são um desafio para a saúde pública. Nos últimos
dois anos, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, 6.060 jovens de 20 a
29 anos foram internados por lesões de trânsito em hospitais públicos ou que
atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e 1.119 morreram em decorrência de
acidentes no Paraná. As internações hospitalares dessa faixa etária custaram
aproximadamente R$ 10,2 milhões no período (2022 e 2023). Os dados de 2023
ainda são preliminares, assim como os de 2024, com 104 jovens já internados. O
levantamento se estende ainda às outras faixas etárias. De acordo com o Sistema
de Informação Hospitalares (SIH), em 2022 foram registrados 10.527 internamentos
e, em 2023, 10.591. Esses números são referentes a toda a população, desde os
recém-nascidos até as pessoas acima dos 60 anos. Homens se acidentam muito mais
que mulheres: em 2023 foram 7,9 mil homens e 2,5 mil mulheres. O investimento
nesses dois anos chegou a R$ 36 milhões, o que daria pra financiar, por
exemplo, três novos Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs). Entre 2022 e
2023 foram 34 internamentos de bebês com menos de um ano, 155 de crianças de 1
a 4 anos e 363 de crianças de 5 a 9 anos. Entre adultos, foram 3.994
internamentos por lesões de trânsito entre 30 e 39 anos e 3.295 entre 40 e 49
anos. Foram, ainda, 2.218 internamentos de idosos com mais de 60 anos. Os
acidentes com motocicletas foram as principais causas dos internamentos e óbitos.
Foram 60.044 de 2010 até 2023, com piora nos dados no decorrer dos anos, sendo
o recorde justamente em 2023, com 5.927. Os ocupantes de veículos sofreram
18.330 acidentes com internação desde 2010. Nesse caso, no entanto, há uma
tendência de diminuição. Em 2010 foram 1.602 e em 2023, 1.326. Foram,
ainda, 18.521 acidentes com pedestres e 9.351 com ciclistas no mesmo período.
Em relação aos óbitos, apenas em 2022 foram 485 pedestres, 148 ciclistas, 785
motociclistas, 947 ocupantes de automóveis e caminhonetes e 113 motoristas ou
passageiros de veículos pesados. Mesmo com os números altos, há tendência
de queda desde 2012, quando houve um pico de 3.624 óbitos. O número reduziu
para 3.148 em 2013, 3.045 em 2014, 2.722 em 2015, 2.547 em 2017 e 2.427 em
2019. Logo em seguida as mortes voltaram a subir e chegaram a 2.721 em 2022.
Segundo o secretário da Saúde, Beto Preto, os dados ajudam a desenhar um
panorama do impacto da violência do trânsito no Sistema Único de Saúde, que
abrange custos assistenciais, sobrecarga de serviços em momentos específicos e
mortalidade prematura. Além do aspecto financeiro, os sinistros de
trânsito podem gerar incapacidades, impactando na qualidade de vida das pessoas
envolvidas. “Os dados das internações no SUS por lesões de trânsito são muito
preocupantes, mas ainda não são um ponto final, porque os acidentes resultam em
inúmeros outros problemas. Infelizmente os jovens são as principais vítimas. A
vigilância e a educação devem ser permanentes”, disse o secretário. “Estamos a
uma semana do Maio Amarelo, mês de conscientização para a redução de acidentes.
A prevenção e alerta ainda são o melhor caminho para se evitar essas
estatísticas”. “O Detran-PR está atualmente concentrando seus esforços de
educação no trânsito nos motociclistas, que representam os principais
envolvidos em sinistros e são especialmente vulneráveis. Nosso foco é na
educação e conscientização dos agentes que compõe o trânsito”, complementou o
diretor-presidente do órgão, Adriano Furtado. PREVENÇÃO – O Detran-PR
e outros órgãos do Estado, com apoio da Sesa, trabalham dentro das
premissas da Promoção da Saúde e Prevenção das Violências e Acidentes no
Paraná, baseando-se na perspectiva da Cultura de Paz, que engloba a garantia de
direitos, estratégias de não violência, promoção da saúde e respeito à vida e
ao meio ambiente. No sentido da prevenção, para 2024 o Conselho Nacional de
Trânsito estabeleceu como tema para as campanhas educativas de trânsito a
mensagem “Paz no trânsito começa por você”. O Projeto Nacional Vida no
Trânsito (PVT), coordenado pelo Ministério da Saúde juntamente com a
Organização Pan-Americana de Saúde e apoiado por parceiros nacionais e
internacionais, é outra iniciativa voltada para a vigilância e prevenção de
lesões e mortes no trânsito e promoção da saúde, em resposta aos desafios da
Organização das Nações Unidas (ONU). A coordenação da Comissão Estadual é
compartilhada entre a Sesa e o Detran-PR. Catorze municípios aderiram e
executam o PVT: Araucária, Campo Mourão, Cascavel, Curitiba, Foz do Iguaçu,
Francisco Beltrão, Londrina, Maringá, Paranaguá, Paranavaí, Ponta Grossa, São
José dos Pinhais, Toledo e Umuarama. Eles precisam montar comissões
intersetoriais e nomear um grupo de trabalho de gestão e integração de dados, o
que ajuda a mapear o cenário local. Segundo a coordenadora de Promoção da Saúde
da Sesa, Elaine Cristina Vieira de Oliveira, o Paraná trabalha para a redução
da morbimortalidade por violências e acidentes, tendo metas pactuadas no Plano
Estadual de Ações Estratégicas para Enfrentamento de Doenças Crônicas e Agravos
Não Transmissíveis 2023 – 2030 do Paraná (Plano de Dant). “Trabalhamos a fim de
reduzir em 50% a taxa de mortalidade por lesões de trânsito no Paraná até 2030,
prevendo várias ações no âmbito do Paraná”, afirmou.
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