Paraná segue em situação de emergência fitossanitária para combate ao Greening
O Decreto 4502 foi publicado no
final de dezembro 2023 e segue com validade por 180 dias.
O Paraná continua em situação de
emergência fitossanitária para combater o Greening, principal praga que afeta
os citros no mundo. O Decreto 4502 , com esse teor, foi publicado no final de
dezembro de 2023 e segue com validade por 180 dias, devendo as ações serem implementadas
e executadas neste período. O objetivo é trazer maior agilidade e efetividade
para o controle da doença e de seu vetor, o psilídeo Diaphorina citri Kuwayama,
possibilitando, inclusive, a adoção de medidas administrativas excepcionais.
“Os agricultores fazem atividade
a céu aberto e estão sujeitos a várias interferências naturais, que podem ser
climáticas ou doenças e pragas”, disse o secretário de Estado da Agricultura e
do Abastecimento, Norberto Ortigara. “O decreto de emergência fitossanitária é
um instrumento drástico, mas nos dá possibilidade de tomar as medidas
necessárias de forma mais efetiva na tentativa de controlar o problema, pois a
citricultura é uma atividade muito importante para o Estado”.
A erradicação de plantas doentes,
o tratamento do toco para evitar brotações, seguida de plantio de mudas sadias
provenientes de viveiros registrados e o controle eficiente do inseto com
produtos biológicos e químicos são algumas das boas práticas. Desde a detecção
de aumento anormal da doença, o Estado juntou forças para ações de prevenção e
controle do greening, também conhecido como HLB (Huanglongbing) ou amarelinho.
Sem cura
Ainda não há cura conhecida para
a doença do greening. A erradicação das plantas contaminadas e boas práticas de
controle do psilídeo são as medidas mais efetivas de controle da doença. Em
vários municípios das regiões afetadas, as prefeituras e o setor produtivo
entraram com determinação no processo e organizaram forças-tarefa para
erradicar plantas hospedeiras contaminadas em propriedades rurais e urbanas,
pois o inseto vetor que se multiplica nesses locais pode voar por vários
quilômetros e recontaminar os pomares comerciais. Ao mesmo tempo, esforços de
fiscalização são realizados para banir a venda de mudas clandestinas, cuja
venda é proibida no Paraná.
Valor Bruto de Produção da
citricultura
A área ocupada pela citricultura
no Paraná é de aproximadamente 29.200 hectares, sendo 20.700 ha de laranjas,
7.000 ha de tangerinas e 1.500 ha de lima ácida tahiti. O Valor Bruto da
Produção da citricultura, levantado pelo Departamento de Economia Rural (Deral),
da Seab, somou em 2022 R$ 826,8 milhões com produção de 842,4 mil toneladas de
frutos.
Destacam-se os municípios de
Paranavaí, Alto Paraná, Guairaçá, Nova Esperança e Cruzeiro do Oeste, com
produção de laranjas; Altônia, com produção de limas ácidas, e os municípios de
Cerro Azul e Doutor Ulisses, com a produção de tangerina ponkan. Por Revista
Cultivar
Comentários
Postar um comentário