Polícia Civil pede internamento temporário de menor que ameaçou colega com arma de fogo

Segurança foi reforçada nesta quinta-feira no Colégio Irondi Pugliesi / Foto: TN Online

O menor de 16 anos apreendido nesta quarta-feira (29) em Arapongas após ameaçar, segundo testemunhas, um colega com uma arma de fogo no Colégio Estadual Irondi Pugliesi segue apreendido em uma sala na 22ª Subdivisão Policial (SDP). O delegado Bruno Delfino Sentone, responsável pelo procedimento especial de apuração de ato infracional, pediu o internamento provisório do aluno, o que deverá ser agora decidido pelo Poder Judiciário. O adolescente, no entanto, nega que estivesse armado. 

Nesta quinta-feira (30) à tarde, o adolescente deve ser ouvido no Ministério Público (MP), segundo informou ao TNOnline o delegado-chefe da 22ª SDP, Maurício de Oliveira Camargo. Após manifestação do MP, o caso vai para análise do juiz da Vara da Infância e Juventude e Anexos da Comarca de Arapongas.

Segundo o delegado, o menor negou em depoimento que estivesse armado. A versão dele contradiz a afirmação de duas pedagogas que presenciaram a ameaça e do outro adolescente envolvido, que garantiram que o aluno sacou uma arma da mochila, aparentemente um revólver calibre 38.

“O menor confirma o desentendimento com outro adolescente, mas nega que estivesse armado. Ele afirma que até franqueou a entrada da casa para os policiais, que não encontraram a arma que teria sido usada na ameaça, conforme afirmação unânime das pedagogas que estavam na sala naquele momento”, afirma o delegado-chefe.

Nenhuma arma foi encontrada pela Polícia Militar durante a vistoria na residência do menor. Segundo o delegado, o adolescente não tinha nenhuma passagem pela polícia em Arapongas. “Ainda que sem a materialidade da arma, a prova testemunhal foi suficiente para que o delegado responsável pelo procedimento apresentasse o pedido de internamento provisório, que agora será apreciado pelo Judiciário”, assinala, acrescentando que o menor foi enquadrado pelos crimes de porte ilegal de arma e ameaça.

O delegado explica que apreensão atual tem validade de cinco dias até decisão do juiz da Vara da Infância. Caso o magistrado aceite o pedido de internamento provisório, que tem prazo de 45 dias, o caso precisará ser julgado dentro desse prazo. Se condenado, ele pode ficar até três anos internado em um centro de socioeducação.

Maurício explica que o menor está em uma sala específica para adolescentes na 22ª SDP, recebendo visitas do pai, que acompanhou o depoimento do filho. O delegado admite que o caso ganhou muita repercussão, principalmente por ocorrer logo após a tragédia em São Paulo, onde um adolescente de 13 anos matou uma professora e feriu outras quatro pessoas em uma escola.

“Foi um caso muito grave, evidentemente, que ganhou as redes sociais. Tanto é que polícia encaminhou o pedido de internamento temporário, que é uma forma de proteger, inclusive, o menor, diante de toda repercussão”, completa. 

Com informações TN Online

 

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