Cinco acusados pela morte de psicóloga de CASCAVEL a mando de facção criminosa vão a júri no próximo dia 8
Terá início no dia 08 de agosto de 2022, o novo julgamento
dos acusados de envolvimento na morte da psicóloga Melissa de Almeida Araújo,
em maio de 2017, na cidade de Cascavel. O Tribunal do Júri acontece na Sede
Cabral da Seção Judiciária de Curitiba (SJPR), a partir das 9 horas. O
julgamento será presidido pelo juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba.
Edy Carlos Cazarim, Wellington
Freitas da Rocha, Elnatan Chagas de Carvalho, Roberto Soriano e Andressa Silva
dos Santos são réus pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e
organização criminosa. Entre os crimes cometidos pelos acusados está também
tentativa de homicídio triplamente qualificado, posse de arma de fogo, munições
e acessório de uso restrito e receptação dolosa.
Em agosto de 2021, a magistrada
que conduz o caso dissolveu o Conselho de Sentença depois que documentos foram
apresentados durante os debates. Os documentos foram juntados ao processo sem o
prazo de antecedência previsto para que as defesas tivessem conhecimento. Na
época, já tinham sido ouvidas 14 (quatorze) testemunhas de acusação, 06 (seis)
de defesa e 02 (duas) testemunhas do juízo. O julgamento já durava seis dias.
Um novo julgamento foi marcado
então para dezembro de 2021, mas houve mudança da data em decorrência de um
pedido feito pela defesa de um dos acusados por incompatibilidade de agenda. A
data foi remarcada para 31 de janeiro de 2022, entretanto, um advogado de um
dos réus testou positivo para Covid. Posteriormente foi redesignado para abril,
sendo remarcado para junho, após a defesa de um dos acusados peticionar a
inclusão de assistente técnico em decorrência de um laudo anexado ao processo.
Neste novo julgamento, os cinco
acusados irão prestar depoimento de forma virtual dos presídios onde se
encontram. De acordo com o juízo responsável pelo caso, ouvir todas as partes
do processo deve demorar alguns dias até a deliberação da sentença. Será permitida
a entrada apenas de pessoas diretamente envolvidas no julgamento ou pessoas
autorizadas pela Justiça Federal.
Sobre o caso
Melissa de Almeida Araújo foi
assassinada por ser agente na Penitenciária Federal de Catanduvas. De acordo
com as investigações, o crime foi motivado em represália à atuação regular do
Estado brasileiro no controle da disciplina interna nas unidades do sistema
carcerário federal.
Segundo a acusação, os
denunciados agiram no interesse da maior facção criminosa que atua em todo território
nacional, movidos pelo propósito de vingança a funcionários e autoridades do
Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN), e também motivados pela ideia de
intimidação de toda a categoria de agentes penitenciários federais.
Melissa foi morta em frente
ao condomínio onde morava, na cidade de Cascavel, com o marido e o filho,
residência distante 55 km de Catanduvas.
A psicóloga teve sua rotina
monitorada por pelo menos 40 dias e foi considerada um alvo de “fácil alcance”,
de acordo com as investigações. Por se tratar de crime contra a vida de
servidor público federal no exercício de suas funções, a competência para
julgamento é do Tribunal do Júri da Justiça Federal.
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