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Quadrilha que usa dinheiro do tráfico de drogas para comprar imóveis é alvo de operação em Curitiba e Região.
Quadrilha que usa dinheiro do tráfico de drogas para comprar imóveis é alvo de operação em Curitiba e Região — Foto: Divulgação/Polícia CivilA Divisão de Narcóticos (Denarc) cumpriu, na manhã desta quarta-feira (31), 43 mandados judiciais - sendo 16 de prisão preventiva e outros 27 de busca e apreensão - em uma operação contra uma quadrilha de tráfico de drogas que atua em Curitiba e Região Metropolitana. Outras quatro pessoas foram presas em flagrante.
A operação foi batizada de "Regresso" porque os investigados são reincidentes nos crimes.
A investigação, que durou pouco mais de cinco meses, mostrou que a organização criminosa usava o dinheiro arrecadado com a venda de drogas para comprar imóveis - ao menos sete foram identificados pelos policiais.
Esses bens estão no nome de Fábio Sidney Ribeiro Leitão, vulgo Herman, apontado como chefe da quadrilha, e da mulher dele, Bruna Gremski Leitão. Ele está detido no sistema penitenciário do Paraná e, de lá, comandava a ação da organização criminosa.
Segundo a polícia, Bruna era responsável pela arrecadação financeira. Ela percorria pontos de tráfico de drogas comandados pela quadrilha recolhendo o dinheiro obtido com a venda de maconha, cocaína e crack.
Durante a investigação, Bruna foi flagrada fazendo depósitos e saques em bancos nas contas dos filhos do casal.
"De dentro do complexo prisional, Herman orientava a quadrilha, que atuava em Almirante Tamandaré, Pinhais, Lapa e nos bairros Abranches e Pilarzinho, de Curitiba" afirma a delegada responsável pela operação, Camila Cecconello.
O Denarc estima que os imóveis comprados pela quadrilha valem, somados, cerca de R$ 2,5 milhões. Por determinação judicial, todos os bens foram bloqueados.
Além do casal, a polícia prendeu os responsáveis pela armazenagem da droga e a venda. Entre eles, foi preso um Guarda Municipal de Curitiba que dava auxílio à Herman. Ele morava em frente a um dos pontos de armazenagem e venda de maconha e crack.
O guarda municipal, segundo a investigação, informava ao detento a respeito das atividades policiais realizadas na “biqueira”.
O servidor tinha pleno conhecimento dos delitos praticados por Hermann e seus parceiros e se prontificava a manter contatos com os responsáveis pelas apreensões das drogas do grupo criminoso para tentar, em vão, negociar a liberdade dos envolvidos.
Outro alvo da operação da Denarc é Andressa Rafaela de Souza Pantaleão. Na organização criminosa, Andressa fazia o armazenamento da droga e revendia para pequenos traficantes e usuários – com o auxílio da mãe e do marido.
"Loira", como Andressa é conhecida, é uma velha conhecida da polícia. Ela foi presa pela Polícia Militar (PM) no dia 31 de maio deste ano com 390 gramas de cocaína, 76 gramas de maconha, 86 gramas de cocaína, balança de precisão e aproximadamente R$ 9 mil.
Dias depois, ela foi solta beneficiada pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que concedeu habeas corpus coletivo para mulheres gestantes ou com filhos com idade até 12 anos.
Assim que ganhou a liberdade, Andressa voltou para a atividade de tráfico de drogas. No dia 18 de julho ela foi presa novamente, dessa vez, pela Denarc. Na casa dela, os policiais apreenderam 590 gramas de crack, meio quilo de cocaína, três balanças de precisão e R$ 32,4 mil.
Mais uma vez, Andressa se valeu da decisão do STF e conseguiu sair da cadeia. Novamente, a “Loira” é alvo da Denarc.
O casal Fábio Sidney Ribeiro Leitão e Bruna Gremski Leitão também é conhecido da Denarc. Os dois foram detidos em 2013 cometendo, basicamente, os mesmos crimes: ele comandando o tráfico de dentro da cela e a esposa trabalhando diretamente com a venda de drogas nas ruas.
Participam da ação cerca de 100 policiais civis da Denarc, do Centro de Operações Policiais Especiais (COPE) e do Tático Integrado Grupo de Repressão (TIGRE), unidades de elite da Polícia Civil.

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