CAMPO MOURÃO

Agrônomo que teve corpo carbonizado em CM foi vítima de latrocínio; polícia prendeu três


 A Polícia Civil de Campo Mourão apresentou na manhã desta quinta-feira (30), três réus confessos pela morte de José Marcos da Cunha, 53 anos, mais conhecido como Marcos Cunha. O agrônomo foi morto com requintes de crueldade após ter o corpo carbonizado pelos assassinos. 

O corpo foi encontrado na tarde dessa quarta-feira (29), em uma lavoura de trigo, próximo a Usina Mourão. Entre os autores está um adolescente de 17 anos e outros dois jovens de 18 e 19. Segundo a Polícia Civil, Cunha foi vítima de latrocínio – roubo seguido de morte.

O delegado chefe da 16ª Subdivisão Policial de Campo Mourão (SDP), Gustavo Pinho Alves, concedeu uma coletiva de imprensa e repassou detalhes sobre o crime. Segundo ele, os autores do latrocínio foram identificados na tarde de quarta. Ambos foram localizados no interior de uma residência, na área central da cidade. Aos serem abordados apresentaram nervosismo o que aumentou as suspeitas da polícia. Eles foram então encaminhados à delegacia onde confessaram o crime em depoimento. 

“De acordo com relatado por dois dos autores que são irmãos, eles teriam conhecido Marcos na rua no final de semana. Marcos os abordou e ofereceu uma carona. E durante essa carona o Marcos adquiriu bebida alcoólica para eles. Foram até a residência deles e fizeram uso de drogas e consumo dessas bebidas” - relatou o delegado.

Segundo Alves, posteriormente, no dia do crime, na terça-feira (28), Cunha marcou novamente com os jovens para se encontrarem e beberem na residência deles. “Estes fatos corroboram com as filmagens que conseguimos em um estabelecimento comercial em que o Marcos por volta das 23h20 adquire uma garrafa de vodca e refrigerante. Após essas imagens ele não mais foi localizado”, informou o delegado.

Alves informou que de acordo com os autores, a vítima foi a casa deles e fez ingestão de bebida alcoólica e que em um determinado momento Cunha teria apagado a luz da residência e manifestado interesse de fazer sexo com os mesmos. “Neste momento os autores seguraram Marcos e desferiram três facadas na vítima que levaram o mesmo a óbito no local”, disse.

Após matarem Cunha, os autores enrolaram o corpo em um cobertor, colocaram na caçamba de sua caminhonete, uma GM/S-10 e desovaram em uma plantação de trigo, próximo a Usina Mourão, colocando fogo no cadáver. Para o delegado, o crime foi premeditado. “Os três induziram o Marcos para se deslocar até a residência. Fizeram a ingestão de bebida alcoólica e no momento mais oportuno eles resolveram matar o Marcos com o objetivo de subtrair a caminhonete”, argumentou.

À polícia, os autores informaram que levariam a caminhonete ao Paraguai e trocariam por armas e drogas. “As armas seriam utilizadas para uma possível represália que um dos autores estava sofrendo e consumiriam a droga adquirida no Paraguai”, disse Alves. Os dois maiores foram autuados pelos crimes de latrocínio, ocultação de cadáver e corrupção de menores. Já o menor apreendido responderá por latrocínio e ocultação de cadáver.

O crime chocou Campo Mourão pela crueldade que os bandidos agiram. Cunha era bastante conhecido em Campo Mourão e região.

O CRIME

O corpo de Cunha foi encontrado por volta das 14 horas de quarta-feira (29) por um agricultor, que acionou a Polícia Militar (PM). Quando a polícia chegou ao local, constatou a vítima completamente carbonizada. Saia ainda fumaça do corpo, que foi desovado em uma lavoura de trigo. É o 9º homicídio registrado na cidade desde o início deste ano. (Tribuna do Interior).

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