BOMBA.



MP-GO apura se prefeito de Iporá filmado tentando impedir blitz com bafômetro cometeu improbidade administrativa.
O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) começou a investigar o vídeo que mostra o prefeito Naçoitan Leite (PSDB) tentando impedir que uma blitz com bafômetro fosse realizada em Iporá, na região oeste de Goiás. De acordo com o órgão, caso seja confirmado que a fiscalização não tenha sido realizada, membros do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-GO) e o próprio político podem responder por improbidade administrativa.
Segundo o promotor Vinicius de Castro Borges, ofícios foram enviados para o Detran, para o prefeito, para a Polícia Militar e para o governo do estado, em busca de informações.
O prefeito Naçoitan Leite informou que ainda não foi notificado pelo Ministério Público
“Vamos identificar os envolvidos, os fiscais, testemunhas e saber se houve policiais militar, para, em seguida, tentar descobrir se, de fato, a blitz foi impedida. Existe uma lei estadual que trata da Balada Responsável, que diz que compete ao Detran definir quando e onde vai ocorrer, de forma estratégica. Caso constatado que de fato não ocorreu por interferência do prefeito, pode configurar ato de improbidade, tanto ao prefeito, quanto aos fiscais”
O procedimento preparatório foi instaurado na segunda-feira (30) pela 3ª Promotoria de Justiça de Iporá. A investigação começou depois que o vídeo que mostra a discussão do prefeito com supostos fiscais da Balada Responsável As imagens mostram uma picape com os equipamentos da blitz estacionado na rua, bem como uma mulher vestida com a camiseta do Projeto Balada Responsável e um policial militar. Em seguida, um homem que faz parte do grupo de agentes questiona o prefeito, sobre o que o político teria contra a fiscalização.
“Você [fiscal] só vai arrebentar, vocês só vão arrebentar. Aí você está ligando paro o resto para lá, mas não está ligando não. Agora eu, que sou o prefeito, você vai arrebentar a minha cidade. Você vem aqui, multa todo mundo, vai embora e eu fico aqui com os problemas”.O promotor disse que o objetivo da investigação é descobrir se, de fato, não houve fiscalização e, caso o trabalho tenha sido impedido, descobrir quem permitiu que a blitz fosse desmontada.
O prefeito pode responder por improbidade administrativa e, caso seja confirmado que houve atuação do Detran, o responsável pelo órgão pode responder por, além do ato de improbidade, por prevaricação.

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