EXPLOSÃO À BANCOS DO PARANÁ.
Dentista e agricultores estão entre alvos de operação da PF que mira quadrilhas suspeitas de explodir bancos.
Um dentista, dois agricultores, um gesseiro e um dono de restaurante estão entre os alvos da Polícia Federal (PF) na Operação Miguelito, que cumpre mandados contra duas quadrilhas especializadas em explosões a agências bancárias nesta quinta-feira (30), segundo o coordenador da ação, o delegado federal Alexander Noronha Dias.
Até a última atualização desta reportagem, doze pessoas tinham sido presas, sendo sete por tempo indeterminado, e cinco pelo prazo de cinco dias. Segundo o coordenador da operação, as buscas pelos outros três alvos continuavam na manhã desta quinta.
Dias explicou que alguns alvos da operação mantinham atividades lícitas e se reuniam em alguns períodos para cometer os crimes, principalmente no início do mês, por acreditarem que havia mais dinheiro nas agências.
A suspeita da PF é de que o dentista, de Euclides da Cunha Paulista (SP), atuava com o apoio logístico de uma das quadrilhas, levando o grupo até os locais dos crimes, tanto de carro como de barco. “A gente detectou que ele tinha vinculação à quadrilha”, explicou Dias. Ainda de acordo com o delegado, o dentista é considerado foragido.
Dois agricultores de Sandovalina (SP) foram presos nesta quinta, ainda conforme o delegado, por suspeita de integrarem uma das quadrilhas.
Além deles, dono de restaurante em Arapongas, no norte do Paraná – que tem uma extensa ficha criminal e ainda não havia sido localizado pela PF – e um gesseiro de Londrina, que é sobrevivente do confronto de Alvorada do Sul, também são alvos de mandados, conforme Dias.
Duas armas longas foram apreendidas em Arapongas, no norte do Paraná, durante o cumprimento dos mandados judiciais. Um alvo da ação foi flagrado quando voltava de um furto de madeira, acompanhado com o filho de 16 anos, informou a PF.
A PF detalhou que das duas quadrilhas alvos da ação desta quinta, uma tinha como base Curitiba, e outra com núcleo principal em Arapongas.
O grupo de Curitiba atuou em dois ataques a agências bancárias no período de investigações, segundo a PF, um em Mandaguaçu e outro em Marialva. O líder da quadrilha já estava preso em Curitiba.
Já a quadrilha de Arapongas é suspeita de atuar em 18 explosões a bancos em várias cidades do Paraná e em São Paulo, que tinha como regra básica a fuga por meio de rios.
A PF não soube precisar o valor dos prejuízos causados aos 20 bancos de dez cidades roubados pelas quadrilhas no período das investigações, que duraram 18 meses.
Com as buscas e apreensões e análises de telefones celulares, a polícia espera identificar a origem dos explosivos usados nos ataques feitos pelas quadrilhas.
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