OBRIGATÓRIO.

Exames para diagnóstico de autismo se tornam obrigatórios em Curitiba.

Projeto de lei foi aprovado em segundo turno na Câmara Municipal de Curitiba (Foto: Andressa Katriny/Divulgação/ CMC)
Os vereadores de Curitiba aprovaram nesta quarta-feira (31) o projeto de lei que torna obrigatória a realização de dois exames clínicos para diagnóstico do autismo. Para que a medida entre em vigor na cidade, é necessária a sanção do prefeito. Feito isso, todas as unidades de saúde deverão adotar os exames em 60 dias.
O autismo é uma disfunção que afeta a capacidade de socialização do indivíduo, uma vez que compromete diversos aspectos do comportamento como fala, movimento, interesse por amizade, vida social e emoção. O autismo cria diferentes cenários – há casos de pessoas que não falam e casos de autistas que desenvolvem habilidades incríveis.
O transtorno se instala nos três primeiros anos de vida, quando os neurônios que coordenam a comunicação e os relacionamentos sociais deixam de formar as conexões necessárias. Segundo especialistas, embora não haja cura, quando há demora no diagnóstico, esses neurônios não são estimulados na hora certa e a criança perde a chance de aprender.Conforme o projeto de lei aprovado, os dois exames são realizados via questionário. 
O primeiro - Indicadores Clínicos de Risco para o Desenvolvimento Infantil (IRDI) é aplicado em bebês com até 18 meses de vida. Ele considera 31 indicadores.
O segundo, chamado de M-Chat (sigla em inglês para Modified Checklist for Autism in Toddlers), possui 23 perguntas, que são respondidas com "sim" ou "não". Neste exame, as crianças devem ter entre 18 a 36 meses.
Enquanto o primeiro teste pode indicar risco de desenvolvimento do autismo a partir de indicadores ausentes, o segundo avalia comportamentos da criança como interesses no engajamento social; habilidade de manter o contato visual; imitação; brincadeira repetitiva e de "faz de conta"; e o uso do contato visual e de gestos para direcionar atenção social do parceiro ou para pedir ajuda.
Agora, os dois testes passam a integrar o Código de Saúde de Curitiba. A medida não acarreta custos à administração pública, de acordo com os vereadores.

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