NOVELAS.

"Amor à Vida" termina com expectativa de exibição de beijo gay; emissora ainda não definiu se exibirá.
Foto: Reprodução
Félix e Niko gravam três desfechos para cena de beijo gay
Mais de oito meses depois, “Amor à Vida” chegará ao fim na noite desta sexta-feira (31). O saldo da novela, que marcou a estreia de Walcyr Carrasco no horário nobre da Globo, é positivo. Polêmicas, erros de continuação, atores reclamando do rumo de seus personagens também definem o folhetim. Mas, como afirma o próprio autor, ele conseguiu transmitir a sua mensagem.

''Tratei de violência contra a mulher, de transplante de órgãos, de barriga solidária, de muitos assuntos sérios e importantes. Acho que consegui tocar o coração do público. Mas não há como ir fundo, é uma novela e o horário também impõe restrições”, disse, ao fazer um balanço da trama.


Walcyr Carrasco, autor de "Amor à Vida", escreveu, de fato, a cena do tão esperado beijo gay entre Félix (Mateus Solano) e Niko (Thiago Fragoso), que pode ser exibida no último capítulo da trama, nesta sexta-feira (31).

Entretanto, sem haver ainda um posicionamento oficial da TV Globo quanto à sequência, foram filmados três desfechos diferentes para a dupla homossexual, de acordo com o colunista Fernando Oliveira.


Será que Félix e Niko se beijarão em pleno horário nobre da Globo?


As cenas serão analisadas pela direção do canal, que decidirá, horas antes de a trama ser exibida, qual delas deverá ir ao ar no capítulo de encerramento do folhetim.


Em uma das gravações, o casal homossexual dará apenas um selinho. Já em outra, os dois darão um beijão de tirar o fôlego. Na terceira hipótese, contudo, os pombinhos apenas trocarão carícias, sem deixar que os lábios se toquem.


As sequências foram presenciadas por uma equipe bastante

reduzida, com o intuito de não deixar a informação

Entre tantos temas abordados em “Amor à Vida”, sem dúvida alguma a homofobia foi o mais explorado. Para Walcyr, seu objetivo ao falar a respeito do assunto foi alcançado.


“Tenho tido muitos testemunhos pessoais, de gays que passaram a ser aceitos por suas famílias a partir do debate sobre o tema na novela. Principalmente porque meu foco não foi a homoafetividade em si, mas as relações estabelecidas na família, entre pais e filhos, e o desejo de adotar ou ter um filho por inseminação artificial.”


O escritor confessou, inclusive, que o mau caráter tem um pouco do próprio autor

E ir além da homoafetividade foi um mérito da novela. Afinal, nunca houve na dramaturgia brasileira um vilão como Félix. Um vilão gay, diga-se de passagem, interpretado brilhantemente por Mateus Solano. O novelista teve a coragem de mostrar que existem pessoas boas e ruins, independentemente de cor, classe social e sexualidade.Walcyr, aliás, não poupou elogios ao artista.


''Foi um prazer trabalhar para ele. Se o Mateus falou três cacos a novela inteira foi muito. Ele respeitou o texto. E fez bem demais o papel. O grande ator da televisão brasileira naquela faixa etária é ele'', afirmou.


O escritor confessou, inclusive, que o mau caráter tem um pouco do próprio autor.

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