HIDRELÉTRICA NO RIO IVAI:
Promotor, ambientalistas, biólogos, pescadores, estudantes e outras lideranças se reuniram em Fênix e Lidianópolis num movimento denominado “PróPiquirIvaí”, e contra a instalação de Barragens no Rio Ivaí e Piquiri
OUÇA O LINK DE VÍDEO - MATÉRIA ESPECIAL
Jose Wilson - Indígena |
Documento aprovado Câmara de Lidianópolis |
Zé Wilson, líder Guarani vindo da Terra Indígena de São Jerônimo relatou que o Rio Tibagi, por conta do corrente enchimento do reservatório da Usina Hidrelétrica de Mauá, podia ser atravessado a pé, e hoje é um rio de água parada. Falou ainda sobre o processo de negociações e práticas do consórcio responsável pelos danos em relação aos afetados afirmando que compromissos assumidos não foram cumpridos e moradores ribeirinhos sofrem as consequências. Claudemir, liderança Xetá que também reside na Terra Indígena de São Jerônimo, reiterou a importância do Ivaí para a etnia Xetá e ainda da busca do reconhecimento a parcela de seu território, na Serra dos Dourados, de onde aliás foi retirado, quando criança, Tiguá, ex-esposo da Senhora Belarmina, liderança feminina Kaingang que recentemente esteve na Conferência dos Povos, na Rio + 20, denunciando os projetos de construção de hidrelétricas no Rio Ivaí. Ela relatou que essa denúncia atraiu para o Vale do Ivaí, o jornalista Benjamin Powless, que é canadense, da etnia Moicanos, e esteve na região, estudando a epopeia Xetá. A câmara de Vereadores de Lidianópolis, apresentou um documento aprovado na Casa de Leis, em que os edis declaram o Rio Ivaí como Patrimônio Cultural, Paisagístico, Ecológico e Econômico da comunidade, medida que outras cidades já estão adotando e demonstra a importância do Rio Ivaí tal como ele é e está. Quem também fez uma fala importante, foi o Pe. Zenildo, de Mandaguari, do grupo Cáritas-Paraná. A reportagem da Rádio Nova Era/ Vale do Ivaí, conversou com Zé Wilson, líder Guarani vindo da Terra Indígena de São Jerônimo, que falou sobre os transtornos que os moradores ribeirinho enfrentam na sua Região; também com Vladimir Marques Domingues, do NUPELIA, que falou sobre os impactos ambientais, que segundo ele são gravíssimos, inclusive provocando o desaparecimento de espécies hoje existentes no Rio. Conversamos também como o Presidente da Associação dos Pescadores Marildo Oliveira, e com o Promotor Robertson Fonseca de Azevedo, ligado a defesa do Meio Ambiente de Maringá. Para ele, as usinas não geram lucro, não geram emprego para a região, e na visão do Ministério Público, são um mau negócio para o Paraná. (PARA ENTENDER MELHOR O ASSUNTO, OUÇA O LINK DE VÍDEO COM AS ENTREVISTAS). O mesmo encontro, iniciado às 14 horas no Porto Ubá, também foi realizado em Fênix no sábado pela manhã. Crédito Berimbau.
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