COVARDIA É POUCO DIZ MULHER DE MOTORISTA DE ÔNIBUS MORTO EM SÃO PAULO/SP:

Condutor foi agredido após ter mal súbito e bater em veículos.

Segundo mulher do motorista, ele completaria 60 anos nesta terça-feira (Foto: Juliana Cardilli/G1)A família do motorista de ônibus morto na noite deste domingo (27) após perder o controle e bater em outros seis veículos na região de Sapopemba, Zona Leste de São Paulo, classificou como covardia a ação das cerca de 300 pessoas que estavam em um baile funk próximo ao acidente e invadiram o veículo para agredi-lo. Segundo testemunhas, Edimílson dos Reis Alves, de 59 anos, teve um mal súbito, causando a perda do controle do veículo. A polícia aguarda o laudo do Instituto Médio-Legal (IML) para saber o que causou a morte do motorista - se foi o mal súbito ou se foram as agressões sofridas.

Motorista de ônibus é linchado após passar mal e bater veículo em SP“Covardia é pouco para descrever o que fizeram com ele, não têm palavras. Você ama alguém de verdade, eu demorei para casar e termina assim”, afirmou a mulher dele, Digeane da Silva Alves, de 35 anos. Os dois estavam juntos havia cerca de dois anos e se casaram em janeiro. Nesta terça-feira (29), o motorista completaria 60 anos.

O acidente aconteceu por volta das 23h30 na Rua Florêncio Rielli Torres. Segundo o boletim de ocorrência, o motorista perdeu o controle, bateu em três carros e três motos e atropelou um jovem de 26 anos. A vítima, Fábio Bento do Prado, foi levada para o Hospital Geral de São Mateus, onde permanecia internada na manhã desta segunda (28). De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, ele passou por uma cirurgia no pé por causa de uma fratura no dedão. O jovem passava bem, mas não havia previsão de alta.

Após o acidente, pessoas que estavam em um baile funk na rua, próximo ao local da colisão começaram a apedrejar o ônibus, entraram no veículo e arrancaram o motorista, que passou a ser agredido.

Adriano é um dos quatro filhos de Edimílson. (Foto: Juliana Cardilli/G1)“Mataram o meu pai em serviço, não deram oportunidade para ele se explicar, não socorreram ele. Só lincharam ele, igual um saco de lixo. Nem em um cachorro sarnento a gente faz isso. Jogaram ele na rua, bateram extintor na cabeça dele, como se ele fosse um lixo. Acharam que ele estava fugindo, mas não foi isso”, disse Adriano Massarotto Alves, de 33 anos, um dos quatro filhos de Edimílson.

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