SETOR POLICIA

“Sumiram como fumaça”, diz secretário sobre assaltantes de carro-forte

José Carlos Barbosa disse que crime organizado está instalado na região e voltou a cobrar forças armadas na fronteira

Restos do carro-forte destruído por explosivos, ontem em Amambai (Foto: Marciel Arruda/TV RIT)
Restos do carro-forte destruído por explosivos, ontem em Amambai (Foto: Marciel Arruda/TV RIT)
A polícia de Mato Grosso do Sul ainda não tem nenhuma pista dos bandidos que atacaram um carro-forte da empresa de transporte de valores Brink’s, ontem (6) em Amambai, a 360 km de Campo Grande. Pelo menos seis homens armados com fuzis e metralhadora atiraram nos pneus, fizeram o blindado sair da pista e explodiram o veículo com dinamite e granadas.
“Sumiram como fumaça” disse nesta quarta-feira ao Campo Grande News o secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, José Carlos Barbosa.
José Carlos Barbosa voltou a cobrar a presença de homens das Forças Armadas para ajudar na guerra contra o crime organizado.
“Cada dia as evidências só confirmam que o crime organizado está instalado na fronteira e ganhando ramificações. É preciso uma ação permanente das Forças Armadas em toda faixa de fronteira”, afirmou ele.
O secretário de Segurança Pública diz que a fronteira está abandonada pelo governo federal e propõe medidas que poderiam ser adotadas pela União para proteger a Linha Internacional. “A União pode oferecer recursos para pagamentos de diárias e incentivos ao policial de fronteira e robustecer as estruturas da PRF da Polícia Federal”.
Investigações – Um dos delegados que conduzem as investigações, Mikaill Alessandro Gouveia Faria, disse à reportagem que as buscas por pistas continuam, mas não houve avanço sobre o paradeiro dos assaltantes.
Sem entrar em detalhes, Faria confirmou que existem suspeitas de participação de facções criminosas no roubo e diz acreditar que os assaltantes fugiram para o Paraguai – a menos de 50 km do local do ataque.
Nesta quarta-feira, autoridades paraguaias afirmaram que o roubo foi praticado por uma célula do PCC (Primeiro Comando da Capital) baseada no Paraguai. Depois do roubo, segundo fontes da Polícia Nacional, os bandidos seguiram para Capitán Bado.
Mikaill Faria disse que não existem por enquanto suspeitas de envolvimento dos quatro seguranças que estavam no carro-forte. Segundo ele, todos apresentaram depoimento semelhante e só existe dúvida sobre a quantidade de bandidos que praticaram o assalto.
Ele não quis revelar o montante de dinheiro levado pelos bandidos, mas existe especulação de que o valor chegue a R$ 700 mil. O dinheiro estava sendo levado de Dourados para abastecer o posto bancário instalado no 17º Regimento de Cavalaria Mecanizado do Exército em Amambai e a agência do Banco do Brasil em Tacuru.
Além do dinheiro, cujo valor roubado não foi revelado, os bandidos levaram duas escopetas calibre 12 e dois revólveres dos seguranças.
A polícia ainda não deu detalhes sobre a Renault Duster, usada pelos assaltantes no ataque ao carro-forte e encontrada queimada a menos de 3 km do local do assalto.

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