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Polícia Civil conclui inquérito sobre tragédia em Mamborê

Clodoaldo Bonete/Tá Sabendo

A Polícia Civil concluiu no início dessa semana o inquérito sobre o acidente que matou cinco pessoas de uma mesma família próximo a Mamborê, no início da noite do dia 2 de julho. As vítimas moravam no distrito de Alto Pensamento, em Mamborê, e retornavam da cidade para casa em um Ford Escort, após fazerem compras em um supermercado.

A tragédia ocorreu na rodovia BR-369, quando um caminhão invadiu a pista contrária e passou por cima do veículo ocupado pela família. Morreram no acidente Maria Vitória da Cruz, 4; Luan Gabriel da Cruz, 9; Mariana da Cruz, 11; José Reinaldo da Cruz, 34 (condutor); e sua esposa Alexandra da Cruz.

.O delegado Marcelo Trevisan, da 16ª Subdivisão Policial de Campo Mourão diz que o inquérito concluiu que quatro caminhões praticam racha na rodovia no momento do acidente. “Apesar de um só ter provocado o acidente, outros três caminhoneiros participavam do racha e também tiveram participação direta nessa tragédia”, afirmou o delegado.

A investigação policial apurou várias infrações ou situações de risco entre os condutores dos caminhões, que resultaram no acidente. “Além do excesso de velocidade, eles andavam em comboio, muito próximos um do outro. Uma testemunha diz ter ouvido o caminhoneiro da frente informando os locais em que era possível fazer ultrapassagem, o que demonstra que eles trafegavam em trecho de faixa continua e com pouca visibilidade. Do contrário, não havia a necessidade desse repasse de informações”, declarou Trevisan.

O inquérito apurou ainda que por estarem trafegando muito próximo um do outro, o último caminhoneiro acabou invadindo a pista contrária para não bater na traseira do caminhão que estava à sua frente. “O caminhão que estava na frente precisou desacelerar bruscamente, possivelmente por conta de outro veículo que estava na sua frente e, com isso todos os outros foram também diminuindo a velocidade. O último, porém, por estar muito próximo do outro, acabou saindo para a pista contrária para evitar a batida na traseira do companheiro. Com isso, bateu de frente no carro da família, que seguia em sentido contrário.”

Ao analisar os tacógrafos dos caminhões, foi constatado que no momento do acidente eles trafegavam entre 90km/h a 100km/h, no entanto, segundo o delegado, todos costumavam andar bem acima dessa velocidade.

“Ao verificar os aparelhos, foi constatado que no mesmo dia ou no dia anterior eles ultrapassaram os 120km/h, ou seja, o que demonstra que habitualmente todos praticavam o excesso de velocidade. O fato de trafegarem em comboio agravou ainda mais a situação e demonstra que o grupo aceitou o risco de envolvimento em um acidente como o que ocorreu. Por isso foram indiciados por homicídio doloso – dolo eventual”, informou o delegado.

Um quinto caminhoneiro, que também estaria seguindo em comboio com o grupo foi ouvido, mas depois liberado, já que o mesmo só foi detido após o flagrante. Os outros quatro continuam detidos na cadeia de Mamborê e indiciados por homicídio doloso.

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