AGRICULTURA

Soja perde mais de 20 pts em Chicago e bate nas mínimas em dois anos com novas tarifações de Trump

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Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago estão derretendo nesta manhã de terça-feira (19). Por volta de 7h45 (horário de Brasília), as cotações perdiam mais de 20 pontos e junto o patamar dos US$ 9,00 por bushel. A despencada dos preços é reflexo de mais um movimento do presidente americano Donald Trump de ameaçar a China com a possibilidade de novas tarifas sobre cerca de US$ 200 bilhões. O total tarifado poderia chegar, portanto, a US$ 400 bilhões. 

Dessa forma, a commodity já registrava suas mínimas em dois anos na CBOT, com o julho/18 sendo negociado a US$ 8,86 e o agosto/18 valendo US$ 8,93 por bushel. 

A possibilidade de uma redução expressiva da demanda da China pela soja dos EUA pesa severamente sobre as cotações já há alguns meses e o cenário, segundo explicam analistas internacionais, pode se agravar com as novas ações anunciadas por Trump. A tarifação chinesa sobre a oleaginosa norte-americana deve começar em 6 de julho, de acordo com informações da Reuters internacional. 

"Após os anúncios de implementações tarifárias dos Estados Unidos e da China, o Mercado retirou grande parte das posições abertas no lado da compra, aqui na CBOT. O risco tem sido evitado, agora a especulação es- pera por novos diálogos que devem ser abertos entre as nações envolvidas nesta Guerra Comercial. Assim como a AgResource (ARC) vem alertando desde o início desta saga, definir uma tendência para os preços com a in- tervenção política imprevisível de qualquer país, é uma tarefa impossível", dizem os analistas da consultoria internacional. 

Além da pressão da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, os preços da soja na Bolsa de Chicago sentem ainda a pressão do bom desenvolvimento da nova safra norte-americana e da falta de uma ameaça climática sobre as lavouras até esse ponto. 

De acordo com o reporte semanal de acompanhamento de safras trazidos pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no final da tarde de ontem, são 97% do plantio da soja já concluídos, contra 93% da semana anterior, 95% de 2017% e acima ainda dos 91% da média dos últimos cinco anos. 

73% das lavouras se mostram em boas ou excelentes condições - índice dentro das expectativas do mercado, 22% em situação regular e 5% entre ruins e muito ruins. Na semana anterior, esses números vieram em 74%, 22% e 4%, respectivamente.  

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