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PM fingiu ser namorada para marcar encontro e matar atleta.
Matheus (esq.) foi morto pelo policial Jarbas (dir.) em São Vicente, SP (Foto: Arquivo Pessoal)
O atleta Matheus Garcia Vasconcelos Alves, de 24 anos, foi morto pelo policial militar Jarbas Colferai Neto, de 23, em uma emboscada em São Vicente, no litoral de São Paulo. Segundo a investigação, o atirador atraiu o jovem para o local ao se passar pela namorada e marcar um encontro com a vítima. O PM tinha ciúmes da garota, que matinha contato com Matheus. Câmeras de monitoramento gravaram a ação.
O jovem morreu após ser baleado na nuca, na noite de segunda-feira (18). Ele foi encontrado ainda com vida na Rua Nicolau Guirão Perez, no Centro da cidade. Matheus morreu a caminho do Hospital Municipal. Na mão dele, havia um carregador de celular, mas o aparelho não foi encontrado pela polícia na ocasião.
Imagens de câmeras de monitoramento de imóveis localizados na rua mostram quando Matheus chega ao local em um carro, conduzido por um motorista de um aplicativo. Após a saída do veículo, o soldado o aborda, arranca o celular da mão dele, o faz virar de costas, colocar as mãos na cabeça, ajoelhar e, em seguida, atira na nuca do atleta.A gravação foi divulgada pela polícia e ajudou os investigadores a identificarem o soldado, após mais de 12 horas de buscas e diligências depois do crime. A hipótese de latrocínio, quando há roubo seguido de morte, foi inicialmente cogitada, mas descartada depois que os policiais civis localizaram mensagens que antecederam a ação.
Segundo a polícia, Matheus acreditava ter marcado um encontro com a namorada do soldado, que se passou pela jovem durante uma conversa que ambos mantinham em um aplicativo. Os dois iriam se ver em uma rua onde não há intenso fluxo de pessoas, que poderiam flagrar a ação. Para a polícia, o atleta foi vítima de emboscada.
Segundo a Polícia Militar, Jarbas é formado pelo Curso Superior de Soldados em 2016 e está lotado no 39º Batalhão da Polícia Militar, em São Vicente, "porém, não exercia atividades operacionais, estando apenas com atribuições do serviço administrativo, por responder a Processo Administrativo Exoneratório, desde o final do ano passado".
A Justiça determinou a prisão temporária (com duração de cinco dias) do soldado, e ele foi transferido, na noite de terça-feira (19), ao Presídio Romão Gomes, na capital paulista.

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