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Via judicial se torna caminho de famílias que não podem arcar com custos de tratamentos de saúde














Pais de uma adolescente e de uma criança sabem que espera pode ser longa e foram além. Eles criaram campanha para ajudar na compra de vacina importada.


via judicial tem sido o caminho de muitas famílias que não podem arcar com os custos de um tratamento de saúde. Doenças raras e degenerativas geralmente precisam de medicamentos caros e uma dieta específica. Só no ano passado, mais de 5 mil processos começaram a tramitar na Justiça mineira por esse motivo. E a demora nas decisões coloca muitas vidas em risco.
A dona de casa Elisângela Rocha Braga é a mãe do José. Ele tem 3 anos e, desde que nasceu, enfrenta a miopatia mitocondrial. Essa doença degenerativa é genética, ataca o cérebro, todos órgãos do corpo, coordenação motora.
"Essa doença é genética. Ela ataca o cérebro, todos os órgãos do corpo, coordenação motora. Ele é ligado 24 horas em aparelhos. A gente supervisiona os aparelhos porque qualquer parada aqui ele corre risco de vida", contou Elisângela.
Em janeiro do ano passado, a família recorreu à Justiça. O tratamento é caro e exige alimentação especifica e medicamentos que não estão disponíveis na rede pública de saúde. O custo é alto demais para família que vive com pouco mais de um salário mínimo.
Os pais da Gabriela e do Caio, o publicitário Marcelo Augusto Soares e a agente de turismo Marli de Paula Gualberto, também procuraram a Justiça. Mas sabem que a espera pode ser longa. Por isso foram além.
Tanto a Gabriela, de 17 anos, quanto o Caio, de 3, têm atrofia muscular espinhal. A doença aos poucos vai enfraquecendo os músculos, afetando os neurônios e comprometendo respiração. Até o no passado, a doença não tinha tratamento. Há pouco tempo, os pais descobriram um remédio importado que custa caro demais.
As doenças que limitam os movimentos não limitam os sonhos. A Gabriela, o Caio e o José têm o direito de esperar mais da vida.
"São seis vacinas para cada criança e cada vacina hoje custa $125 mil. Como é um laboratório americano, ele não está no Brasil esse ano. No primeiro ano o custo é de R$3 milhões por criança",
O processo da Gabriela e do Caio começou a tramitar nesta semana e, por isso, ainda não teve andamento. A família criou uma página em uma rede social para conseguir arrecadar dinheiro para a compra das vacinas importadas.
Já o processo do José tramita desde janeiro do ano passado, mas a Secretaria de Estado Saúde informou que ainda não foi intimada pela Justiça. Por enquanto, a família recebe doações. Os amigos ajudam, com dinheiro e realização de bazares. A empresa onde o pai do menino trabalhava também contribuía com o leite, mas ele foi demitido recentemente.
Em nota, a secretaria também disse entender a importância do cumprimento das ações judiciais e que vem tomando as medidas necessárias para a normalização das situações pendentes o mais rápido possível.

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