SETOR POLICIAL

PM é indiciado por homicídio

A Delegacia de Homicídios de Londrina indiciou o policial militar Bruno Zangirolami, acusado de atirar contra um adolescente de 17 anos no conjunto Cafezal (zona sul), em 16 de junho, por dolo eventual. Segundo a perícia, o PM atirou no chão, mas o projétil ricocheteou e atingiu a vítima.

O adolescente estava com dois amigos, um garoto de 17 e um rapaz de 19 anos, em frente ao colégio estadual Maria José Balzanelo Aguilera, onde Zangirolami, que atua na 4ª Companhia Independente, morava em uma dependência nos fundos. Segundo a Polícia Civil, os três jovens estavam encostados no muro do colégio quando foram abordados. Testemunhas disseram que o PM xingou o trio antes de atirar.

Após o disparo, o PM tentou socorrer o adolescente com massagens cardíacas. As testemunhas garantiram aos investigadores que o indiciado "estava desesperado para salvar o garoto". Mesmo assim, a corporação afirmou que o policial "assumiu o risco de produzir o resultado morte, embora evidentemente não o desejasse, pois era previsível que o projétil poderia ricochetear e atingir algum dos jovens".

A pistola usada por ele, uma Taurus calibre 40, foi apreendida. Na semana passada, o Instituto de Criminalística emitiu laudo que indica que a arma não apresentava falha, o que descarta a hipótese de disparo acidental.

O advogado da família da vítima, Mancini Júnior, avaliou como "correto" o resultado das investigações e considerou "um absurdo o policial militar dar um tiro ao chão para amedrontar os jovens". A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Zangirolami.
Rafael Machado
Grupo FOLHA DE LONDRINA

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