LAVA JATO

Defesa de Geddel Vieira Lima classifica como desnecessário decreto de prisão preventiva contra o político

A defesa do ex-ministro Geddel Vieira Lima definiu como absolutamente desnecessário o decreto de prisão preventiva do político. O advogado Gamil Föppel disse que há ausência de informações relevantes para basear a decisão e definiu como erro da Justiça Federal a autorização para a detenção de Geddel. Ele afirmou ainda que, desde o início das investigações, Geddel se colocou à disposição para prestar esclarecimentos, mas nunca foi intimado pela Justiça. SOBRE A PRISÃO - Conforme divulgado pelo Jornal Nacional, a Polícia Federal prendeu preventivamente o ex-ministro Geddel Vieira Lima, do PMDB da Bahia. Ele é suspeito de tentar obstruir investigações sobre irregularidades na liberação de recursos da Caixa. Os investigadores afirmam que o ex-ministro Geddel Vieira Lima tentou evitar que o doleiro Lúcio Funaro e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, ambos presos pela Lava Jato, fizessem acordo de delação premiada; e que Geddel procurou várias vezes a mulher de Funaro. Quem deu o alerta inicial foi o próprio Funaro, em um depoimento em junho. O doleiro disse às autoridades que: “estranha alguns telefonemas que sua esposa tem recebido de Geddel Vieira Lima, no sentido de estar sondando qual seria o ânimo do declarante em relação a fazer um acordo de colaboração premiada”.   Na decisão, o juiz federal Vallisney de Oliveira afirmou que esse fato “é gravíssimo”. Como prova, Lúcio Funaro apresentou à polícia imagens de telas de celular que mostram mensagens enviadas por Geddel à mulher do doleiro. Os investigadores afirmam que esses novos elementos deixam claro que Geddel continua agindo para obstruir as apurações de crimes. Ele está sendo investigado na Operação Cui Bono, deflagrada em janeiro, que apura irregularidades na liberação de recursos da Caixa. No pedido, o Ministério Público Federal disse que a prisão é necessária como proteção à ordem pública e à ordem econômica, contra novos crimes em série que poderiam ser cometidos por Geddel. A prisão tem caráter preventivo. Na decisão, o juiz listou outros motivos para a prisão. Segundo o juiz, Geddel - mesmo após sair do cargo de vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal - continuou a interferir no banco indevidamente, usando sua influência política em negociações ilícitas em desfavor da empresa pública. O juiz lembrou ainda que, em depoimento, Lúcio Funaro também disse que Geddel teria recebido aproximadamente R$ 20 milhões em espécie a título de propina pela atuação no esquema ilícito. Dinheiro que não foi localizado até hoje, e que pode ter sido escondido, escamoteado. Pesou também, para a prisão de Geddel, informações passadas em delação premiada pelo empresário Joesley Batista e pelo diretor jurídico do grupo J&F, Francisco Assis. Segundo Joesley, Geddel Vieira Lima era o principal contato dele com o governo Temer, até ser afastado e substituído pelo ex-assessor de Temer, Rodrigo Rocha Loures.

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