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Projeto oferece banho para moradores de rua em Maringá.
moradores de ruaUm banho quente com direito à toalha nova, sabonete e bucha. O que para muitos é algo simples e rotineiro, para quem está nas ruas são minutos de dignidade proporcionados pelo projeto Banho Fraterno.
A água que cai dos dois chuveiros móveis – montados em uma carretinha – lava muito mais do que o corpo cansado e ‘empoeirado’, lava a alma daqueles que sofrem de vulnerabilidade social. A ideia de oferecer banho gratuito surgiu em uma noite quando um grupo de voluntários distribuía marmitas nas ruas de Maringá. “Percebi que essas pessoas ficavam muito tempo sem tomar banho e por isso tinham um odor muito forte”, conta o idealizador do projeto, pastor Cristiano Firmino.
O projeto demorou cinco meses para sair do papel. Foi esse o tempo que levou para os voluntários adaptarem a carretinha, que custou R$ 14 mil. “Fiz uma pesquisa na internet e encontrei um projeto semelhante no Ceará. A partir daí fiz o desenho e começamos a trabalhar nele. Quando ficou pronto, fui o primeiro a testar para garantir que estava tudo certo”, conta Firmino.
Devidamente aprovado, o chuveiro móvel começou a funcionar em janeiro deste ano. De lá para cá, todas as terças-feiras a carretinha estaciona na Praça Napoleão Moreira da Silva, no centro de Maringá, e lá permanece das 19h30 às 22h30. Por noite são ofertados entre 20 e 30 banhos, sem tempo determinado. “Eles podem ficar debaixo do chuveiro o tempo que quiserem. Tem alguns que até cantam enquanto tomam banho”, conta Firmino.
A energia elétrica para garantir o banho quente é fornecida pela prefeitura de Maringá, que também disponibiliza um poço artesiano para o abastecimento do carretinha. Os kits de banho e as peças de roupas oferecidas aos moradores de ruas são doadas ou adquiridas pelos próprios voluntários.
O custo mensal do projeto gira em torno de R$ 1,2 mil e nele estão incluídas as refeições entregues depois do banho. Já antes de ir para o chuveiro, as pessoas recebem um trato no visual. Os cortes de cabelo e barba são feitos pelos próprios voluntários. Bruno fez questão de conferir o resultado. “Ficou bom, mas acho que poderia ser um pouco mais curto”, diz, ao se admirar no espelho. Morador de rua, ele é um dos frequentadores assíduos do Banho Fraterno. “Sempre que dá venho para tomar banho e pegar uma roupa nova”.

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