IVAIPORÃ

POLÊMICA DA CADEIA

População vai às ruas exigir transferência de presos, obras na carceragem e fazer cordão humano em volta da Delegacia de Ivaiporã
A população da Comarca de Ivaiporã, que inclui os municípios de Jardim Alegre, Ariranha do Ivaí, Arapuã e Lidianópolis, irá se manifestar na quinta-feira, dia 22, às 10h00, na Praça Manoel Teodoro da Rocha, em Ivaiporã, e exigir do Estado duas ações imediatas: transferência de presos condenados e obras urgentes na carceragem da 54ª Delegacia de Polícia Civil de Ivaiporã, que tem capacidade para 32 presos, mas se encontra com 166 detentos. Após concentração na Praça Manoel Teodoro da Rocha, a população seguirá em direção a 54ª Delegacia de Polícia Civil, onde será feito um cordão humano reforçando a transferência de presos condenados e obras urgentes na carceragem. O percurso do manifesto contará com apoio da Polícia Militar O movimento foi sugerido pelo presidente do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) de Ivaiporã, Jair Burato, após reunião no dia 8 de junho, no salão nobre da Prefeitura de Ivaiporã, onde estiveram representados os municípios da Comarca; delegado da 54ª Delegacia de Polícia Civil, Gustavo Dante; subcomandante da 6ª Companhia Independente de Polícia Militar de Ivaiporã, capitão Élio Boing; presidente da Câmara de Vereadores, Nando Dorta; representantes da Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Ivaiporã, Ministério Público e do Corpo de Bombeiros; presidentes dos Consegs da região; Apac (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados); Lojas Maçônicas; líderes comunitários; e Acisi (Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Ivaiporã). Entre os 166 presos, cerca de 70 foram condenados pela Justiça e deveriam cumprir penas em penitenciárias, e não em carceragem, onde devem ficar apenas presos provisórios. Durante o manifesto, a população será convidada a assinar um abaixo-assinado, que será enviado ao Governo do Estado, exigindo providências que amenizem a superlotação na carceragem, e onde as tentativas de fuga aumentaram entre janeiro e junho. Os sacos de barro expostos no exterior da 54ª Delegacia de Polícia Civil são reflexos das mais recentes tentativas de fugas, impedidas pela Polícia Civil com apoio da Polícia Militar. O pastor Osias Mainardes (Igreja Batista), que produziu um vídeo, na segunda-feira, dia 10 de junho, mostrando o interior da carceragem, contou que os presos não têm espaço para dormir e nem condições de higiene. “Os presos dormem em colchoes molhados, vivem doentes e convivem com ratos, baratas, percevejos e piolhos. Há presos que acordam com a boca mordida por baratas”, descreveu o pastor, que reforça o convite a população para se juntar ao manifesto.

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