BETO RICHA

Ministro do STJ autoriza inquérito para investigar Beto Richa

Brasília - O ministro Og Fernandes, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), autorizou abertura de inquérito contra o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), que será investigado por supostos crimes citados na delação da Odebrecht. O pedido para investigar o governador foi feito pelo vice-procurador-geral da República José Bonifácio Andrada.

Fernandes encaminhou os pedidos de diligências à Polícia Federal, que agora, vai apurar o que foi solicitado pela PGR (Procuradoria-Geral da República).
O ministro determinou sigilo nos autos da investigação.

Og Fernandes foi sorteado relator do inquérito, que não tem conexão com Petrobras. O relator da Lava Jato no STF é o ministro Luis Felipe Salomão.
Os delatores Benedicto Júnior, conhecido como "BJ", e Valter Lana, ex-executivos da empreiteira, disseram aos investigadores da Lava Jato ter feito pagamentos "a pretexto de campanhas" do governador "operacionalizados por diversas pessoas".

O material foi encaminhado ao ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), que depois enviou para o STJ, foro de governador.
Na ocasião, Beto Richa disse que todas as contas de campanhas "tiveram a origem dos recursos declarada à Justiça Eleitoral".

DELAÇÃO DA ODEBRECHT

BJ disse que a Odebrecht financiou três campanhas de Beto Richa com dinheiro de caixa dois e registrado pelo setor de operações estruturadas da Odebrecht, conhecido como "departamento da propina".
O tucano recebeu R$ 4 milhões em 2014, segundo BJ. Beto Richa concorria à reeleição para o governo do Estado. O codinome dos pagamentos era "Piloto".
O valor foi "alocado" às obras da rodovia PR-323, que acabou não indo adiante, disse o delator. Segundo ele, se o projeto tivesse sido desenvolvido, "esse valor seria alocado como custo dessa obra".
BJ também afirmou que foram pagos R$ 550 mil por meio de caixa dois - sendo R$ 450 mil em 2010, quando Beto foi eleito governador, e R$ 100 mil em 2008, quando ele venceu a reeleição para a prefeitura de Curitiba. Nessas ocasiões, os pagamentos foram operacionalizados por Valter Lana e o codinome com "Brigão", contou BJ.
Letícia Casado
Folhapress/FOLHA DE LONDRINA

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